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Policial penal diz que bebeu antes de atirar em presídio de Guarapari

Informação está em depoimento prestado por ele, que teve a arma recolhida e foi afastado, de forma preventiva, de sua função

Vitória
Publicado em 14/05/2025 às 15h05
Policiais Penais
Crédito: Arte: Camilly Napoleão com Adobe Firefly

O policial penal de 32 anos, que assumiu ter atirado contra o Centro de Detenção Provisória de Guarapari (CDPG), na noite do último domingo (11), já foi afastado de sua função. Ele atuava no Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, teve a arma recolhida e, em depoimento, informou que tinha consumido bebida alcoólica.

Ele ingressou no último concurso, tendo tomado posse em dezembro do ano ado, ainda está em estágio probatório, e lançou mão da arma destinada ao trabalho para a ação contra a unidade.

“Ao ser confrontado com as evidências, ele assumiu a autoria dos disparos e que fez uso de bebida alcoólica, mas não soube explicar o motivo para o ato. O caso não se tratou de um ataque ou um atentado contra a unidade prisional”, assinalou o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco.

Em depoimento a que a coluna teve o, o policial relata que no dia da ocorrência retornava de um bar que toca samba no domingo, em Vila Velha, onde consumiu bebida alcoólica de tipos variados como whisky, caipirinha, entre outras, e com elas chegou a gastar um total de R$ 400,00.

Na sequência ou em uma pizzaria e seguiu para Meaípe, em Guarapari, onde reside. Os disparos de arma de fogo foram feitos quando ava em frente à unidade prisional. Na ocasião, estava em um carro de aplicativo, sentado no banco do carona. O motorista também foi ouvido e confirmou o que aconteceu.

Ele afirma que os tiros “foram para o alto e não contra a unidade” e que não se recorda do que aconteceu. Disse ainda que não tinha a intenção de atacar a unidade prisional.

Em outro ponto diz que no dia seguinte a ocorrência informou os fatos ao diretor de sua unidade, que o orientou a procurar a Subsecretaria de Inteligência Penitenciária, o que fez, de forma voluntária, assumindo a responsabilidade por suas ações.

Afastamento

Segundo Pacheco, o afastamento aplicado ao servidor é preventivo e faz parte do processo istrativo o qual ele responde. “O trabalho o coloca em uma posição de desconforto na unidade, e sua ação gerou um inconformismo entre seus pares, não é salutar que continue trabalhando, por isto o afastamento preventivo”.

O processo istrativo, que pode ter duração de cerca de 90 dias, será pautado pelas investigações que foram realizadas pelo Serviço de Inteligência Prisional. “Nesta etapa ele poderá se explicar, realizar a sua defesa”, informa o secretário, acrescentando que, como se trata de um afastamento preventivo, o policial continuará recebendo o salário.

Arma

A arma utilizada na ação contra a unidade prisional, e que estava na posse do policial, foi recolhida e entregue ao delegado da Polícia Civil que investiga o caso, junto com as cápsulas que foram recolhidas no entorno do CDPG. O policial tem porte funcional, o que o permite  manter a arma fora do horário de trabalho. "Ele pode andar armado as 24 horas", explica o secretário.

Além do processo istrativo, o policial penal será ainda alvo de um inquérito, considerando que promoveu disparo de arma de fogo em via pública, o que é considerado crime.

O caso

Os disparos contra a unidade foram feitos na noite do último domingo (11). Cerca de 48 horas depois veio a surpresa: eles haviam sido feitos por um colega da corporação, segundo investigação realizada pelo Serviço de Inteligência Prisional.

Na noite do crime, após cessarem os disparos, policiais penais da Divisão de Escolta e Recaptura Policial (DERP) fizeram uma fiscalização no entorno do CDPG e foi constatado que a ação havia sido realizada a partir da rodovia próxima ao presídio, com a utilização de um veículo. Em alguns pontos foram encontradas cápsulas, que após recolhidas seguiram para a direção da unidade. Ninguém foi ferido pelos disparos.

Dois dias depois as investigações do Serviço de Inteligência Prisional conseguiram identificar que a ação foi realizada por um integrante da corporação penal.

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