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BR 101: trecho norte poderá ser duplicado a partir de gatilhos em novo contrato

BR 101: trecho norte poderá ser duplicado a partir de gatilhos em novo contrato

Presidente da Ecovias 101 afirma que aumento do fluxo na rodovia pode levar à realização de obras de duplicação também no trecho da via acima de Linhares

Publicado em 9 de junho de 2025 às 18:53

O único exemplar de jequitibá-rosa da BR 101, em Linhares
Trecho da BR 101 que corta Linhares, no Norte do Estado Crédito: Archimedes Patrício

Apesar de estar inicialmente descartada, a duplicação do trecho Norte da BR 101 no Espírito Santo pode acontecer no futuro. O novo contrato de concessão, modernizado e aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e que vai a leilão no próximo dia 26 de junho, prevê investimentos de mais de R$ 10 bilhões nos primeiros três anos, com foco na duplicação de pouco mais de 80 km.

Esse mesmo contrato, segundo o presidente da Ecovias 101, Roberto Amorim Junior, possibilita a duplicação do trecho norte, com a ocorrência de gatilhos a partir do aumento do fluxo de veículos e a necessidade de melhoria no nível de serviço da rodovia. A exceção são os 25 quilômetros do trecho que a pela Reserva de Sooretama.

O assunto foi tratado no Espírito Santo: O novo hub logístico do Brasil, durante a Modal Expo no início de junho.

A previsão inicial da concessionária no trecho ao Norte de Linhares é implementar os 41 quilômetros de terceiras faixas em pontos críticos, principalmente em curvas verticais e subidas, para facilitar a ultraagem de caminhões, incluindo os de nove eixos. Além de dispositivos de entroncamento em desnível em áreas urbanas para melhorar a fluidez do tráfego e a segurança viária.

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BR 101: trecho norte poderá ser duplicado a partir de gatilhos em novo contrato

“Essas intervenções vão garantir maior segurança viária e diminuir o tempo de deslocamento, beneficiando tanto motoristas quanto o transporte de cargas”, explica Roberto.

Roberto Amorim Junior destaca que, até o terceiro ano do contrato repactuado, deverá ser apresentado um estudo de gatilhos para a duplicação. Essa avaliação, baseada em dados de tráfego, definirá o momento ideal para a expansão total da rodovia.

"Como o estudo de tráfego mostra que não é uma área prioritária nos primeiros anos, até o terceiro ano, a concessionária que estiver istrando apresenta o nível de serviço, fazendo a venda de nível C para o D, que seria um nível ótimo, que teria gatilhos de duplicação", salienta.

Isso significa que a duplicação completa será acionada quando o nível de serviço da rodovia atingir um patamar que justifique a intervenção, indicando um aumento significativo no congestionamento.

Além das terceiras faixas e dos gatilhos de duplicação, a concessionária planeja a implantação de dispositivos em desnível nos entroncamentos, independentemente da duplicação total.

Esses dispositivos, como viadutos e arelas, visam eliminar os "pelotões" de veículos formados por semáforos em áreas urbanas, onde há conflito entre pedestres, ciclistas, motociclistas e veículos pesados.

Há também uma atenção especial à integração com a BR 259, principalmente no trecho entre João Neiva e Linhares, onde o licenciamento ambiental já está avançado. Parcerias com grandes empresas da região, como a Suzano, também estão em andamento para aprimorar o serviço viário, especialmente para caminhões de grande porte.

A duplicação será acionada a partir da identificação de gatilhos de nível do serviço, ou seja, quando o congestionamento atingir patamares críticos.

"Quando eu começo a ter um nível de serviço de C/D, que nós chamamos baseado no HCM (Highway Capacity Manual), ou seja, quando eu começo a ter um pelotão muito grande de posicionamento ou a ter um nível de serviço muito congestionado, então tenho o acionamento do gatilho, onde há um prazo para implantar a duplicação completa. Então, começo com a terceira faixa e evoluo para a duplicação completa", esclarece.

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