Repórter / [email protected]
Publicado em 23 de maio de 2025 às 10:01
Depois de liberação dos órgãos ambientais, começou o processo de perfuração dos poços no campo de Wahoo, no Sul do Espírito Santo, que está sendo realizado pela Prio – empresa independente de petróleo e gás do Brasil. A previsão da companhia é retirar o primeiro óleo em 2026. >
O trabalho de perfuração de um total de seis poços, sendo quatro produtores e dois injetores, está sendo feito pela sonda Hunter Queen. O equipamento, que tem mais de 100 metros de altura, já atuou no Golfo do México e África e está no Brasil desde 2022.>
Após meses de atraso, a empresa conseguiu em fevereiro, do Instituo Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), a licença de perfuração do campo no Sul do Espírito Santo. Segundo a empresa, o projeto deve render mais de R$ 4 bilhões em royalties para o Estado nos primeiros anos de operação. >
O campo de Wahoo é o primeiro perfurado do "zero" pela petroleira carioca, que atua com campos maduros na bacia de Campos. A sonda que está fazendo o trabalho de perfuração tem uma tripulação de 200 pessoas e capacidade de perfuração de até 3.000 metros de lâmina d’água e poços de até 10.000 metros de profundidade, o equivalente a 300 prédios de 13 andares.>
>
“A Hunter Queen é um equipamento estratégico para os nossos objetivos. Desde o início, quando ela foi adquirida, estamos nos preparando para Wahoo”, destaca Leonardo Moreno, gerente de sondas da Prio.>
Na Prio desde 2022, a sonda vinha sendo usada para e logístico e manutenção nos outros ativos da companhia. “O solo em Wahoo é complexo. Tem áreas onde conseguimos avançar mais rápido e outras, não. Atualmente, perfuramos cerca de 20%, dentro do cronograma previsto”, afirma. >
Segundo a empresa, o uso desse equipamento representa uma vantagem competitiva, visto que a companhia não precisa terceirizar o aluguel para realizar a perfuração, o que tornaria o custo da operação muito maior. Além disso, eleva o nível de segurança dos colaboradores e a preservação do meio ambiente, por possuir tecnologias mais modernas e eficazes.>
A perfuração é apenas a etapa inicial do projeto de Wahoo. A Prio informa que ainda aguarda licença ambiental para a instalação dos dutos submarinos que vão conectar o campo ao de Frade. Essa conexão é conhecida como tieback. Ao todo, o investimento no projeto chega a cerca de R$ 5 bilhões.>
O campo de Wahoo é o primeiro totalmente desenvolvido pela Prio. A produção será viabilizada por uma conexão submarina, conhecida como tieback de cerca de 30km de extensão, ligando Wahoo ao FPSO Frade, que possui uma capacidade de processamento de 100 mil barris de óleo por dia.>
Adquirido em março de 2021, o campo teve sua comercialidade declarada em dezembro do mesmo ano, após estudos de viabilidade. Embora já existam poços exploratórios que comprovam a presença de petróleo, a operadora anterior não desenvolveu a infraestrutura necessária para a produção. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta