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Como votaram os senadores do ES sobre novas regras do licenciamento ambiental

Como votaram os senadores do ES sobre novas regras do licenciamento ambiental 26972

Magno Malta (PL), Fabiano Contarato (PT) e Marcos do Val (Podemos) tiveram votos e opiniões divergentes sobre o texto que busca diminuir a burocracia para licenciamentos ambientais no país 282y3n

João Barbosa 5t3g1f

Repórter / [email protected]

Publicado em 22 de maio de 2025 às 11:51

Magno Malta, Fabiano Contarato e Marcos Do Val justificaram os votos no Senado
Magno Malta, Fabiano Contarato e Marcos do Val: senadores do Espírito Santo Crédito: Agência Brasil / Reprodução

Por 54 votos a 13, o Senado Federal aprovou, em sessão realizada na quarta-feira (21), o projeto que cria a Lei Geral do Licenciamento Ambiental (LGLA). Através do PL 2.159/2021, discutido no Congresso Nacional desde 2004, o texto traz normas gerais e diretrizes sobre o licenciamento. A intenção do material votado, segundo o Senado, é uniformizar os procedimentos para emissão de licença em todo o país, simplificando, ainda, a concessão de licenças para empreendimentos de menor impacto ambiental.>

Na votação, dois senadores do Espírito Santo votaram a favor da aprovação e um foi contra. Veja os votos:>

  • Fabiano Contarato (PT): Não
  • Magno Malta (PL): Sim
  • Marcos do Val (Podemos): Sim
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O que dizem os senadores capixabas? 2u1167

Durante a sessão, o senador Fabiano Contarato (PT) justificou o voto contrário alegando que o texto precisa de ajustes para mais entendimento sobre os licenciamentos ambientais. Para Contarato, o projeto pode colocar em risco a proteção dos recursos naturais do país. >

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“A Constituição Federal é clara. No artigo 225, [é citado que] todos temos direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Essa garantia constitucional quem exerce é o estado brasileiro e uma das formas de o estado dar a efetividade a essa garantia é através do licenciamento ambiental”, disse o senador.>

Para Contarato, a aprovação do PL pode resultar em uma “guerra ambiental”, já que os municípios seriam os responsáveis por determinar a tipologia de determinada atividade ou empreendimento, apontando se seria de médio ou alto impacto poluidor.>

“Se um município tiver maior cautela com a proteção ambiental, um empreendimento pode deixar aquela cidade e ir para outra de menor cautela e compromisso”, exemplificou Contarato.>

“Estamos falando aqui em médio e alto poluidor para [empreendimentos] como o da tragédia de Mariana (ocorrida em Minas Gerais, em 2015). O meu Estado, o Espírito Santo, também foi atingido. Então, vamos autorizar um licenciamento ambiental por adesão ou compromisso, para que, posteriormente, se os órgãos fiscalizadores tiverem agilidade, é que vão fazer a pesquisa [sobre os impactos]. Mas o dano já vai estar ali naquele contexto”, finalizou o senador.>

Por sua vez, Magno Malta, do PL, explicou os motivos para o voto favorável diante do projeto. Fazendo referência à falta de pavimentação em uma rodovia do Amapá, onde teria ministrado uma palestra, o senador sinalizou que o projeto de lei é benéfico para o avanço de empreendimentos urbanos.>

“Hoje (quarta-feira) é o dia em que o bom senso venceu a insanidade. O país não pode ser penalizados por ideologias. Como se desenvolve um país onde o presidente da República não pode “tocar” no Ibama? Com esse projeto, o ser humano a a ser mais importante do que um formigueiro”, disse Magno.>

A referência do senador ao formigueiro foi feita sobre um trecho BR 156, no Amapá, onde a pavimentação não teria sido realizada, pois uma árvore estaria no meio da estrada abrigando formigas raras no estado amapaense.>

Já em vídeo enviado à imprensa, o senador Marcos do Val (Podemos) disse ser testemunha de empresas que tentaram investir no Espírito Santo e que “não conseguiram pela burocracia” dos licenciamentos ambientais.>

“Não é um desmatamento sem controle, não é isso. [O projeto] é para retirar essa burocracia, para que a gente possa investir em empresas, para gerar emprego, para sair da miséria e para que possamos ter um Estado preservando [o ambiente]”, ponderou Do Val.>

Proposta é antiga no país 1g6i6j

O texto sobre a Lei Geral do Licenciamento Ambiental tramita no Congresso há mais de 20 anos. De autoria do ex-deputado Luciano Zica (PT-SP), o projeto ficou por 17 anos na Câmara e ou mais quatro no Senado, onde foi fruto de negociações e alterações. >

Agora, com a votação realizada no Senado, o material retorna aos deputados, já que os senadores apontaram modificações no texto elaborado pela Câmara. Uma das alterações feitas pelos senadores é a criação de um novo tipo de licença, com rito simplificado, para projetos considerados prioritários pelo governo. A expectativa de alguns senadores é de que essa licença possibilite a exploração de petróleo na Amazônia.>

O projeto aprovado no Senado prevê que a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC) seja simplificada e expedida mediante uma espécie de autodeclaração de adesão e compromisso do empreendedor, com os requisitos preestabelecidos pela autoridade licenciadora.>

O projeto libera a LAC para a maior parte dos empreendimentos no Brasil, já que será válida, aos licenciamentos em geral, com exceção apenas daqueles de alto impacto no meio ambiente. Pelo texto da Câmara, como informa o Senado, a única condição para a LAC seria que a atividade ou o empreendimento não fosse potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente.>

* Com informações da Agência Senado.>

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